A propaganda entrou na era da IA — e ainda tem gente fingindo que não viu
- Donario Lopes de Almeida

- 4 de nov.
- 2 min de leitura
Atualizado: 5 de nov.

A Coca-Cola fez de novo. Lançou mais um comercial de Natal criado com inteligência artificial — e, enquanto uns comemoram o resultado, outros se escandalizam. A diferença é que, desta vez, ninguém pode alegar surpresa. A IA já não é uma promessa distante: é a engrenagem invisível que move a propaganda moderna, reduz custos, acelera produção e entrega resultados em tempo real.
No agronegócio, já vimos esse filme antes. Primeiro vieram os sensores, depois os drones, agora os algoritmos que preveem o clima, o preço e até o comportamento do consumidor. O marketing segue o mesmo roteiro: quem entender como usar dados e IA vai liderar; quem resistir vai virar estudo de caso.
O mais curioso é observar como muitos publicitários ainda encaram a IA com arrogância, como se a criatividade fosse um território sagrado imune à tecnologia. É o mesmo tipo de resistência que vi no campo quando as primeiras máquinas começaram a substituir o trabalho manual. No fim, ninguém perdeu espaço por usar ferramentas melhores — perdeu quem se recusou a aprender.
Na ABMRA, temos debatido muito sobre o impacto dessa transformação no marketing rural. O agro é comunicação, é percepção — e ignorar a IA é o mesmo que plantar sem olhar a previsão do tempo. Não é uma ameaça, é uma oportunidade histórica de personalizar, medir e compreender o público com uma precisão que antes era impossível.
O alerta é simples: a IA não vai “roubar” o lugar dos criativos, vai apenas separar os que sabem conduzi-la dos que insistem em negá-la. A Coca-Cola entendeu isso — e levou o Papai Noel junto para o futuro.
E aqui o link para o comercial da Coca Cola: https://www.youtube.com/watch?v=Yy6fByUmPuE
*Donário Lopes de Almeida é presidente do Conselho da ABMRA - Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio.




Comentários