Produtores têm papel central na mitigação ambiental, afirma técnica da Farsul em palestra no Sindicato Rural de Camaquã
- Redação SulTV

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Atualizado: há 2 dias
Paula Hoffmeister, apresentou no Sindicato Rural de Camaquã e Arambaré um panorama dos avanços das pautas ambientais no Estado

Foto: SulTV - Ilustração
A técnica da Farsul, Paula Hoffmeister, apresentou no Sindicato Rural de Camaquã e Arambaré um panorama dos avanços das pautas ambientais no Estado. Na palestra, destacou o amadurecimento das práticas do setor produtivo, especialmente no plantio, e o trabalho desenvolvido pela Federação da Agricultura junto ao governo. Segundo Paula, a agenda ambiental avançou em temas como transparência, atualização das legislações estaduais e implantação de instrumentos como o PSA (pagamento por serviços ambientais) e o selo do Irga para produtores de arroz.
Durante o encontro, Paula comentou o plano divulgado pelo Governo do Rio Grande do Sul na COP 30, que prevê a redução de até 92% das emissões do setor agropecuário até 2050. Ela afirmou que o estudo foi construído com participação das entidades rurais e baseado em dados técnicos. Segundo a técnica, o modelo produtivo gaúcho já opera com práticas de agricultura de baixo carbono e tem condições reais de alcançar as metas, desde que seja mantida a qualificação das propriedades.
A técnica explicou ainda que o produtor rural participou do processo por meio das entidades representativas, como a Farsul, que coleta as demandas no campo e as leva aos debates técnicos. Ao tratar da lavoura de arroz, Paula afirmou que ajustes nas práticas agronômicas reduzem emissões sem comprometer produtividade, citando o uso adequado de adubação, plantio direto no seco e colheita em condições mais favoráveis. Ela ressaltou que o selo do Irga e o PSA devem fortalecer esse processo.
Paula apresentou dados de produtividade que mostram o avanço da agricultura brasileira. Segundo ela, a produção cresceu mais de 285% nas últimas décadas, enquanto a área cultivada aumentou 95%, o que evidencia eficiência e adoção de tecnologia. Também mencionou estudo da Embrapa, divulgado na COP 30, que aponta que 31,3% das terras do país são usadas por lavouras e pastagens, enquanto 65,6% estão em áreas preservadas. Deste total, 29% ficam dentro de propriedades rurais, consolidando o produtor como agente central na preservação ambiental.
Assista à entrevista completa:




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