Modelo para o mundo tropical: Ciência, cooperativismo e financiamento climático colocam o Agro como solução
- Donario Lopes de Almeida

- há 1 dia
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Atualizado: há 13 horas
Documento defende Agro brasileiro como exemplo de solução climática no mundo tropical.

Em seu programa direto da COP 30, Roberto Rodrigues falou do documento apresentado
A COP30 abriu espaço inédito para mostrar que a agricultura brasileira não é problema, mas peça central da solução climática – algo que impacta diretamente a vida de todos nós, brasileiros, gaúchos e os que estão conosco na Costa Doce do Rio Grande do Sul, região que vive do campo e sente na pele os efeitos do clima.
Um documento de 150 páginas, coordenado por Roberto Rodrigues com apoio de FGV Agro, Embrapa e dezenas de entidades do Agro, organizou 50 anos de história e apontou o caminho para o futuro da agricultura tropical. O texto mostra como o Brasil saiu de importador de alimentos para fornecedor para quase 200 países, aumentando produção sem ampliar na mesma proporção a área cultivada.
A chave foi a tecnologia tropical, a intensificação sustentável e o papel das cooperativas, que levam inovação também ao pequeno produtor. E isso afeta a todas geografias, inlcusive aqui para nossa região. Isso significa oportunidade de qualificar as cadeias de grãos, como arroz e soja, a pecuária de corte e leite, com mais ciência, gestão e acesso a mercados que valorizam carbono neutro e boas práticas.
Na segunda parte, o documento apresenta eixos de propostas: reposicionamento político-diplomático da agricultura nas negociações do clima, mais investimento em pesquisa, segurança jurídica, acesso a financiamento climático, fortalecimento do seguro rural e inclusão dos pequenos via cooperativas. São temas do nosso dia a dia.
A mensagem é clara: se houver crédito adequado, regras de comércio mais justas e reconhecimento das métricas do Agro tropical, países em desenvolvimento podem gerar alimento, energia renovável, emprego e renda, reduzindo emissões.
Exemplos já existem: vinhos, cafés e fazendas carbono negativo, projetos em pecuária de baixo carbono, biodiesel de soja, e bioenergia com etanol de cana e milho. Ao organizar esses dados, o Brasil se apresenta à COP como vitrine de um modelo exportável ao cinturão tropical.
Para o produtor gaúcho é chance de se enxergar como protagonista global: quem planta alimento, produz energia limpa, conserva áreas de vegetação e acessa novos mercados de crédito de carbono passa a ser reconhecido como parte ativa da solução climática.




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