Psicóloga de Camaquã recebe Homenagem Mérito Mulher do Agro
- Redação SulTV
- 11 de jun.
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A busca por autoconhecimento e cura emocional ganha uma dimensão única nas EquoConstelação, método inovador que utiliza cavalos como mediadores terapêuticos, conduzido pela psicóloga e terapeuta Professora Clarissa. Em um reconhecimento à sua trajetória e à singularidade de seu trabalho, a profissional de Camaquã será agraciada com uma homenagem de mérito no evento "Mulher do Agro", a ser realizado em setembro, em Santa Maria.
Em entrevista à SulTV, Clarissa expressou sua alegria pelo reconhecimento nacional, que a coloca entre 20 a 30 mulheres do Brasil e de países vizinhos como Bolívia e Uruguai. "Não passou um ano ainda e hoje a gente já está tendo um reconhecimento ao nível nacional", celebrou a camaquense, emocionada por levar o nome de sua cidade para outros cenários e redefinir o conceito de "Mulher do Agro" para além das atividades tradicionais de lavoura e pecuária.
Para quem não conhece, o trabalho de Clarissa é um desdobramento de sua formação em psicologia e sua profunda conexão com o meio rural – herança de uma vida inteira de convivência com cavalos e a natureza. Após anos na ecoterapia, utilizando cavalos para desenvolvimento humano e liderança, ela migrou para a constelação familiar com cavalos, uma abordagem que une o saber científico da psicologia ao conhecimento empírico do mundo animal.
A base dessa terapia reside na capacidade dos cavalos de "escanear o campo energético das pessoas". Segundo Clarissa, esses animais possuem "neurônios-espelho", que lhes permitem espelhar emoções. "É como se ele entrasse em conexão com o teu inconsciente e aquilo que tu não consegue trazer verbalmente, expressar conscientemente numa terapia formal", explica. Assim, um cavalo pode reagir de forma hostil se o indivíduo se aproxima nervoso, refletindo o estado emocional do cliente.
As ecoconstelações são vivências de um dia inteiro (das 9h às 16h), onde os participantes se colocam em um cenário natural deslumbrante, em contato com a manada. A proposta é trabalhar "emaranhados familiares" – padrões ou traumas herdados de antepassados que podem estar prejudicando segmentos da vida do paciente (afetivo, financeiro, profissional). A terapia busca identificar e liberar essas memórias inscritas no DNA, permitindo a superação de medos, frustrações e receios.
A psicóloga reforça que a ecoconstelação não substitui a psicoterapia tradicional, mas funciona como um "acender de luzes", acelerando a identificação da raiz do problema. "Os cavalos me trazem essa informação. Eles não verbalizam, mas se movimentam", detalha Clarissa, que faz a leitura corporal dos animais para decifrar suas reações. Após a vivência, os participantes são encaminhados para sessões de acompanhamento em seu espaço terapêutico, garantindo o "costurar" e o encaminhamento do material descoberto.
Assista à entrevista completa:
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