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Decrab Camaquã reduz abigeato em 70% na cidade e 66% na região da Costa Doce

  • Foto do escritor: Redação SulTV
    Redação SulTV
  • há 5 dias
  • 3 min de leitura

Em entrevista ao programa Redação SulTV, o comissário da Polícia, Marcio Campo, e a inspetora, Raphaela Franceschi, deram mais detalhes sobre a atuação da Decrab na região


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Marcio Campo, e a inspetora, Raphaela Franceschi, estiveram na SulTV


A segurança pública no campo é um tema vital para a economia e o dia a dia da Costa Doce do Rio Grande do Sul, uma região com forte vocação para o agronegócio e a orizicultura. Neste cenário, a Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes Rurais e Abigeato (Decrab) de Camaquã consolidou sua atuação, apresentando resultados significativos na repressão à criminalidade rural desde sua inauguração em setembro de 2019. Em entrevista ao programa Redação SulTV, o comissário da Polícia, Marcio Campo, e a inspetora, Raphaela Franceschi, que deram mais detalhes sobre a atuação da Decrab na região.


A Decrab de Camaquã, que hoje abrange uma macrorregião com 39 municípios, foi criada com o foco em combater organizações criminosas e quadrilhas especializadas, e não apenas pequenos furtos. Os números da Polícia Civil atestam o sucesso desta política. Em 2016, ano considerado o ápice do problema, o Rio Grande do Sul registrava 10.478 ocorrências de abigeato. Até o final de outubro de 2025, o total de casos no estado caiu para 2.664, representando uma redução de 74,5% nos crimes.


O impacto local é ainda mais evidente. Na 29ª Região Policial, que inclui Camaquã, São Lourenço do Sul, Tapes e outros, a queda foi de 66% entre 2020 e 2025 (de 149 para 51 furtos de abigeato). Especificamente em Camaquã, a redução atingiu impressionantes 70% no mesmo período, passando de 36 para apenas 11 registros, demonstrando a eficácia da atuação especializada.


Apesar do declínio no abigeato tradicional, novos desafios surgem. Conforme o comissário Márcio Campos, os criminosos exploram brechas no sistema, como a falta de obrigatoriedade de emplacamento e o fácil acesso à documentação de tratores. Esse cenário facilitou o aumento de estelionatos e fraudes, especialmente após 2020, envolvendo maquinários agrícolas, sementes e fertilizantes.


A inspetora Raphaela Franceschi ressalta que a "bandidagem" se atualiza, exigindo da equipe (apenas seis policiais para a macrorregião) um trabalho constante de campo, inteligência e especialização em tecnologia. A necessidade de ir para o meio rural, muitas vezes atuando como um "campeiro" para rastrear o gado furtado, exige equipamentos específicos e treinamento contínuo.


Outra frente de combate crucial da Decrab é a defesa da segurança alimentar e da saúde pública. Investigações revelaram que a carne oriunda de abigeato, sem fiscalização sanitária, é utilizada para abastecer o comércio ilegal, incluindo açougues e lancherias. Casos de abates clandestinos de equinos, com a carne sendo misturada e vendida para consumo humano, foram descobertos em operações recentes, como em Capão do Leão e Pelotas, ressaltando o perigo de adquirir produtos de procedência duvidosa.


Para aprimorar a atuação, foi criada em 2025 a Divisão de Investigação de Crimes Rurais e Abigeato (DECRAE), que coordena as seis Decrabs existentes no RS, provendo logística, equipamentos e treinamentos táticos (como APH Tático). A expectativa é que o número de delegacias especializadas chegue a nove no próximo ano, com a inauguração de unidades como a de Rio Grande, Santa Maria e Vacaria, garantindo que todo o estado receba a mesma dedicação no enfrentamento ao crime rural, que é vital para a produção que sustenta o país. Acompanhe a entrevista completa realizada no canal da SulTV no YouTube:


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